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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Estou Chegando

Eu sou uma criança crescida, indecisa em muitos aspectos da minha vida, meu pai costuma me dizer que "o tempo é uma raposa", que hoje eu tenho 27 anos mas que para eu chegar nos 40 é um pulo e a gente nem percebe, aí eu paro e penso...e se eu morresse hoje, nesse exato momento, o que eu teria produzido de bom em minha vida, além de ter colocado no mundo uma coisinha linda de 8 anos de idade, fruto de um relacionamento imaturo de adolescente (rs) .

Sou formada em hotelaria e meu sonho é conhecer a Europa, fazer um tour por vários países , porém ainda não vejo como uma realidade, as condições não permitem, e será que um dia vão permitir?
Tenho tanto medo de estar velha demais para investir em algo que realmente me agrade, e tenho medo de continuar no que não me agrada por medo de estar velha demais pra começar e nunca ser nada "produtiva". Sempre ouvi dizer que temos que fazer o que realmente gostamos de fazer, para que possamos fazer bem feito, mas o problema é exatamente esse, eu não tenho certeza ainda do que quero e a roda da vida vai passando, nas palavras no nosso querido  e insequecível poeta Cazuza "o tempo não pára"...
Acabo me iludindo ouvindo as palavras de Pedro Bial (adoro, acho um homem inteligentíssimo) em um de seus textos "Filtro solar" :
"Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação
é tão eficaz quanto mascar chiclete
para tentar resolver uma equação de álgebra.
Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.
As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam,
aos vinte e dois, o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem..."
A vida bem que poderia ser surreal, como nos poemas que adoramos e "viajamos" , nos contos de fada, mas está beeeem longe disso, então temos que sacudir a poeira, olhar pra frente e se preocupar com o futuro SIM, mas...E se  faltar força de vontade ??? O que faço ??
É nessa hora que sinto muita falta da minha mãe ao meu lado (calma gente, ela não morreu, apenas mora há 2.000 km de mim..rs) para me colocar pra cima, para me ajudar a enfrentar tudo isso e me apoiar.
Vou dar um exemplo real de como eu me sinto quando isso acontece: imagine que você trabalha em uma loja e tem um chefe que está lhe cobrando meta, dando motivação, incentivo para você não desanimar, para vender e continuar produzindo cada vez mais, de repente você monta sua própria loja é seu próprio chefe, se vê "livre" daquelas cobranças e pressões, é você mesmo a responsável por tudo, parte comercial, operacional. marketing, contabilidade dentre outras coisas. Mas um dia você acorda sem "saco" nenhum para abrir a loja ou para vender, resolve tirar um dia de folga, isso é vicioso (falo por experiência própria), e toda vez que se sente assim resolve que não vai abrir a loja, no final do mês você percebe que seu lucro é tão baixo que nem deu pra cobrir seu custo fixo do mês e se pergunta porque quando vc era apenas um vendedor você lucrava muito mais tabalhando para a loja "dos outros", então, você chega a seguinte conclusão : "O ser humano precisa estar sendo pressionado, incentivado e cobrado, para que as coisas fluam de acordo com todo o planejado" ter a liberdade de seguir seu rumo sem ter os pais cobrando é uma faca de dois gumes não é verdade??!!
Sinto falta de você mãezinha me cobrando para estudar, ir bem nas provas, passar no vestibular, Nossa, às vezes sinto tanta vontade de ser criança de novo !! rsrs
Ahh! Estou de casamento marcado, mas essa é uma história, que eu conto numa proxima parada...rs

SOU ASSIM :

Seguramente, uma pessoa menos desvairada, mais intensa ( isso é possível?) e mais prudente do que era há alguns anos. Esse lance de prudência, a maturidade me ensinou, aos trancos e barrancos. E eu ainda estou aprendendo. Sou um pouco mais por mim e não alimento  falsas  esperanças de que as pessoas mudem da noite para o dia, para se adaptar ao seu modo de vida e aos seus gostos. Também não tenho o menor saco para me imaginar "fazendo fita" para agradar meia dúzia de pessoas que se acham no direito de avaliar a vida de alguém, dar nota pra ela e fazer com que essa avaliação determine ou não a sua inserção em um uma determinada roda social.
Não. Não sou antipática. Aliás, sim, sou um pouco. Tenho que confessar. Perdi a vergonha de assumir publicamente gostos e desgostos. E acredito piamente que as pessoas se aproximam ou se afastam por agrados e desagrados em comum. Ninguém é obrigado a me aturar. Nem eu sou. Não faço questão de fazer parte dessa sociedade hipócrita que finge te estender a mão, te fazer convites e querer sua presença, só porque você, teoricamente, faz parte de um seleto grupo de pessoas cujo "poder" faz as vezes de alma...
Sou maluquinha, estressada, minha mãe me define como um furacão, mas no fundo no fundo sou uma manteiga derretida, um coração de manteiga.

Me perdoem se meu blog não for tão interessante assim de início, a verdade é que eu sou "verdinha"nessa história de blog, hoje é meu primeiro dia, ainda nem sei mexer direito nele mas como sou muito curiosa, vou fuçar, aprender e melhorá-lo cada dia mais.